terça-feira, 22 de julho de 2008

Capitulo 24

Estávamos frente a frente, começámos a aproximar-nos até os nossos lábios se tocarem para um beijo daqueles mesmo intensos, mas havia ali uma confusão de piercings :x

Bill: Oh, o piercing no lábio, como tu sempre quiseste fazer :)

“O piercing? Depois de um beijo daqueles a primeira coisa que me dizes é sobre o piercing?!”

Sara: É, como sempre quis fazer…

Men, que desilusão, eu a pensar que o rapaz me ia falar do beijo e mete-se a falar do piercing.

Sara: Eu amo-te Bill, apercebi-me disso quando disseste que ias embora, o medo de te perder trouxe ao de cima o amor que sinto por ti…

Ele permanecia calado, sem reacção, levantei-me da cama e fui até à porta.

Bill: Espera…

Levantou-se a colocou as mãos na minha cintura, eu continuava de costas. Virou-me para ele, e tal como da primeira vez, beijou-me sem eu estar à espera.

Bill: Também te amo…

Abracei-me com tanta força a ele, como eu esperava por aquele momento… Fomos ter com os outros, íamos de mãos dadas, todos ficaram a olhar para nós com uma cara de espanto.

Bill: Temos mais uma pessoa para levar na Tour…

Todos: Quem?!

Bill: A minha namorada :D

“Namorada?! Então mas o rapaz está a gozar comigo?!”

Bill: A Sara, claro…

Sara: Tua namorada?!

Bill: Sim, ou não queres?!

Sara: Sim, quero!

Beijámo-nos e os outros continuavam a olhar feitos parvos a olhar.

Georg: Namorados… Eles… Pronto, está bem…

Gustav: Oh, estou tão feliz por eles, eles sempre se amaram…

Tom: Tenho a cunhada mais boa do planeta o.O

Bill: Tom, não abuses sim?!

Tom: Pronto, felicidades para o casalinho -.-‘

Entretanto o ano acabou e em Janeiro parti com eles na Tour, cada vez amava mais aquele gajo, e já não me via com outro rapaz. Tornei-me a estilista pessoal deles, dava uma ajudinha a escolher as roupas e isso, de vez quando sentava-me com o Tom e compúnhamos qualquer treta, a música que o Bill escreveu sobre mim foi um sucesso dos grandes e eu cheguei a entrar no videoclip, para retratar-mos a cena do beco. Muitas fãs ficaram desoladas quando souberam que o Bill tinha namorada, outras ficaram felizes pois ele estava feliz também. Com eles, voltei a Portugal, voltei a ver os meus amigos, voltei a ver o outro rapaz, ele também já tinha recomeçado tudo de novo e ficou feliz por eu e o Bill namorarmos. Os rapazes “obrigaram-me” a ter aulas pela net e graças a eles comecei a tirar o curso que sempre quis – Medicina, porque na verdade eu acabei o 12º ano com média para entrar.

Eles, acima de tudo, são os meus melhores amigos, e são a razão do meu sorrir.

Capitulo 23

Segui-o por aquele corredor que nunca mais tinha fim, parámos ao pé de duas portas, uma de cada lado do corredor enorme.

Tom: Anda lá aqui ao meu quarto que já se arranja alguma coisa…

Sara: Até estou com medo xD

Entrei, aquilo estava ainda mais desarrumado que o meu quarto, coisa que eu pensava ser impossível, roupa por todo o lado, a cama por fazer, e mais uma data de coisas espalhadas pelo chão.

Sara: Grande confusão -.-‘

Tom: Se reclamas muito não te dou nada para vestires até a tua roupa secar!

Sara: Está bem… Já cá não está quem falou…

Começou a mexer num monte de camisolas, estendeu-me uma, até gostava bastante daquela camisola :x

Sara: É suposto vestir isto?

Tom: Se pensares que é um vestido não custa nada… E até ajudas aqui os meus olhos, já andam com alguma fome.

Sara: Olha Tom, só visto isto porque não há mais nada aqui que me sirva devidamente, e porque adoro esta camisola, vou vestir-me para o WC.

Lá fui eu para o WC do quarto, vesti aquela big camisola e peguei na minha roupa. “Tenho de arranjar sitio para secar” Encontrei uma fonte de calor, meti a roupa aí. Abri a porta e entrei descaradamente pelo quarto adentro. Ups, o Tom estava só de boxers, aquele rapaz era mesmo bom… Mas o meu coração batia mais rápido com o Bill.

Sara: Desculpa :$

Tom: Não sei porque, mas só por estares assim já estás desculpada.

Sara: Estúpido. Olha vou-me embora, ter com os outros.

Saí, o rapaz estava a ficar com o olhar demasiado fixo nas minhas pernas, já não estava a gostar da brincadeira, acho que só não me agarrou ali naquele momento por causa do irmão. Fiquei parada em frente á outra porta, aquele devia ser o quarto do Bill. “Não perco nada em confirmar…” Abro a porta, o Bill estava sentado na cama a ver TV. Reparou em mim, e reparou no que tinha vestido.

Bill: O quarto do meu irmão é o do lado.

Sara: Ah, pois, enganei-me.

“Enganei-me?! OMG que desculpa mais esfarrapada, estou com uma camisola do Tom!”

Sara: Fica bem Bill.

Preparava-me para sair, mas o Bill começou a falar.

Bill: Podes ficar…

Sara: Oh, não quero incomodar-te.

Bill: Não incomodas nada, fica, à vontade.

Sara: Hum… Está bem… (comecei a andar até à cama, sentei-me ao lado dele) que estás a ver?

Bill: O nosso DVD, tenho saudades do palco, mas os médicos proibiram-me, eu estou bem, não percebo.

Sara: Isto tudo é culpa minha…

Ele olhou-me nos olhos, que olhos mais brilhantes *.*

Bill: A culpa é minha, eu é que não aceitei o facto de estares diferente, não aceitei já não me amares…

Sara: Mas eu amo-te…

Bill: A ultima vez que me disseste isso foi quando ias a sair do meu quarto, queres que acredite?!

Sara: Acredita, se quiseres, não te vou obrigar a acreditar, eu amo-te na mesma…

Capitulo 22

Parámos com a brincadeira, se havia voz que eu conhecia era aquela…

Tom: Tão mano? Que estás aqui a fazer?

Bill: Já vi que interrompi mesmo.

O cenário devia deixar muito que pensar, o irmão dele deitado no chão, eu em cima dele…

Sara: Não interrompeste nada, estávamos só num ajuste de contas…

Levantei-me e ajudei o Tom a levantar.

Tom: Isso mesmo Bill, não estávamos a fazer nada de mal…

Bill: Via-se…

Sara: Que estás a insinuar?!

Bill: Nada, então, se não se estava a passar nada não há nada para insinuar… Vou voltar para dentro.

A voz dele estava triste… Fui atrás dele.

Sara: Hum.. Bill… Espera… Estás melhor do braço?

Olha para mim com o olhar mais triste que alguma vez eu tinha visto… Levanta o braço, puxa o casaco para baixo metendo à mostra uma enorme cicatriz.

Bill: Só uma cicatriz… nada de mais…

Eu fiquei sem saber o que dizer e fazer, ele falava para mim de uma maneira tão fria… continuou a andar eu fiquei ali parada sem saber o que fazer. Sinto alguém abraçar-me, era o Tom.

Tom: Ele ama-te mesmo… Não ligues à forma como ele fala para ti, é só o orgulho dele a falar mais alto…

Sara: Mas é difícil sabes rastas? Custa-me vê-lo assim…

Tom: Eu acho é que vocês têm de ter uma boa conversa…

Sara: Sim… já não consigo viver mais assim…

Tom: Vamos para dentro, tens pessoas à tua espera.

Dá-me um beijinho na testa e começou a andar.

Tom: Já tinha saudades tuas…

Corri para o lado dele, não queria entrar sozinha naquele casarão.

Sara: E eu tuas :D

Tom: Ah, o piercing fica-te bem.

Fomos a conversar até à porta, a porcaria do jardim ainda era grande. Quando entrámos vieram logo todos abraçar-me, apenas o Bill continuava no mesmo sítio. Que saudades que eu tinha daqueles rapazes :’D

Georg: Fizeste um piercing?

Gustav: No lábio?!

Sara: Sim, o Tom já disse que ficava bem.

Georg: E esse que não dissesse nada -.-‘

Tom: Só disse a verdade ;)

Gustav: Pois pois, imagino…

O Georg olha muito sério para mim.

Sara: Tira esses olhos verdes de cima de mim xD

Georg: Estás toda molhada rapariga! Ainda te constipas!

Sara: Se me constipar a culpa é do Tom.

Tom: Se te constipares, também me constipo.

O Bill olhava agora para nós, o nosso olhar encontrou-se por momentos, arrepiozinho.

Gustav: O que é que vocês andaram a fazer?!

Sara: O Tom deitou-me na relva, e aquela coisa estava toda molhada -.-‘

Tom: E depois, a Sara fez questão de inverter as posições. Vou trocar de roupa, não quero ficar doente, depois se ficamos os dois ainda pensam que andámos no bem bom.

Sara: Era o teu sonho Tom.

Mexi-lhe nas rastas, ele odiava quando lhe mexíamos no cabelo.

Tom: Já volto sim meu amor?

Sara: Vai chamar amor a outra, credo, quem eu queria que me chamasse amor não chama (indirecta para o Bill, olhei mesmo para ele), mas mesmo assim preferia o Georg ou o Gustav a chamar-me de amor, deve ser um pesadelo aturar-te constantemente, dia e noite xD

Riram-se todos, como nos bons velhos tempos. O Bill não estava a achar grande piada à conversa, e aquela indirecta perturbou-o, bem vi na cara dele, acabou por ir em direcção a um corredor enorme, devia levá-lo até ao quarto. O Tom já estava a ir também pelo mesmo corredor.

Sara: Oh pst pst, rastas, posso ir contigo?

Tom: Oh boa, nem precisas de pedir ;)

Sara: Não é para o que estás a pensar seu estúpido, quero que me arranjes algo para vestir, começo a sentir frio, e as roupas têm de secar.

Tom: Oh, que desilusão, mas vem, à vontade…

Sara: Tu realmente… Não mudas mesmo…

Capitulo 21

Os dias passavam e eu nunca mais tinha visto o Bill, via os outros quando iam até casa do Georg, mas o Bill parecia desaparecido. Eles tiveram de ficar na Alemanha porque os médicos proibiram o Bill de actuar, para não sentir o stress. Iam ficar ali até ao fim do ano. Eu continuava a sair, andar de skate, mas já não o fazia com os outros rapazes, ia sozinha… De vez em quando lá aparecia uma foto minha numa revista, mas eu simplesmente não ligava.

Já estávamos em Novembro e o frio estava para ficar, estava tudo cheio de neve. Não podia fazer nada, a porcaria da neve impedia-me de ir andar de skate. “Ok, é desta, vou a casa do Georg, não quero saber quem lá estará, vou e pronto.” É verdade, raramente ia a casa do Georg, tinha medo de encontrar lá o Bill, e aquilo trazia-me más recordações, lembrava-me sempre do Bill deitado no chão, coberto de sangue. Peguei num casaco e atravessei a rua, ia a tocar à campainha quando ouço o buzinar de um carro.

- Oh jeitosa! Olha que o dono não está em casa…

“Hum… Cadillac preto… grande carrão…”

Aproximei-me mais um bocadinho… Era o Tom! Corri para junto dele, aquele rapaz tinha-me ajudado tanto :’D Sinceramente, quando o conheci, nunca pensei que me fosse dar tão bem com ele.

Sara: Rastas!! Há tanto tempo que não te vejo meu, tudo bem? Já tens carrinho hein…

Tom: É lindo não é?

Sara: Não me queres oferecer?!

Tom: Hum… não me parece xD

Sara: Onde está o Georg?

Tom: Estão todos em minha casa.

Sara: E tu, que estás aqui a fazer?

Tom: Vinha buscar-te ;)

Sara: Vai mentir a outra…

Tom: É verdade! O Bill anda tão triste… já não aguento vê-lo assim!

Sara: Ah, o Bill…

Tom: Vá, anda lá comigo.

Sara: Não sei…

Tom: Lembraste quando te trouxe para casa a mal?! Não me importo de repetir!!

Sara: Está bem… eu vou…

Entrei no carro, o Tom acelerava um bocado, viviam longe, já estava farta de ir ali, ainda por cima ele ia a ouvir hip hop e depois metia-se a dançar, quer dizer, não era bem dançar, era um espécie de movimentos descontrolados -.-‘

Sara: Olha Tom, não quero morrer hoje!

Tom: Não morres, eu não deixo (continuava a dançar)

Sara: Tom, para de fazer esses movimentos estranhos!

Tom: Oh, deixa de ser assim, mal humorada!

Já me estava a passar, tinha de mudar de musica urgentemente. Olhei à minha volta, comecei a mexer naquelas partes de arrumação que têm os carros, ele nem se apercebia, ia demasiado entretido a “dançar”. Encontrei um CD, não tinha nada escrito, nada que pudesse identificar o artista. “Ok, vamos experimentar este” Começa a tocar uma musica muito calminha, o Tom tinha parado o carro e neste momento estava a olhar para mim.

Sara: Porque parámos?

Tom: Porque chegámos xD

Sara: Ah, mas agora quero ouvir esta musica.

Tom: Onde arranjaste esta musica?

Sara: Está num CD que por acaso encontrei no teu carro.

Ele estava com uma cara… parecia preocupado…

Tom: Esquece lá isso, vamos.

Sara: Não, quero ouvir!

Voz do Bill… Mas eu nunca tinha ouvido aquela musica antes!

Sara: O que é isto?

A música falava de uma rapariga, de um amor que foi crescendo com o passar dos dias, mas essa rapariga teimava em fugir... Uma lágrima deslizou pelo meu rosto abaixo…

Sara: Esta voz é do Bill…

Tom: É… é do Bill… É uma nova música…

Sara: Esta rapariga de que fala…

Tom: Sim, és tu…

A música estava a acabar… “E apesar de tudo… Eu continuo a amá-la”

Sara: Quando é que ele escreveu isto?

Tom: Tanta pergunta!

Sara: É a ultima, prometo… agora responde-me.

Tom: Escreveu logo depois do que aconteceu…

“Ele ainda me ama”

Saí disparada do carro em direcção à casa, parei a meio, espantada pelo tamanho daquilo.

Tom: Então? Oh miúda decide-te!

Sara: Tom, nunca me disseste que a tua casa parecia um palácio -.-‘

Tom: Eu sou o Rei dentro dela x)

Sara: Sonha rapaz (dei-lhe um encontrãozito)

Tom: Passaste-te?!

Sara: Mereces-te.

Tom: Espera aí que já te apanho.

Comecei a correr, ele corria atrás de mim, íamos através de um jardim enorme, pisávamos a relva tratada. Ele agarrou-me e caí-mos os dois, ele estava em cima de mim, com um joelho de cada lado do meu corpo, segurava-me os braços e olhava-me nos olhos.

Tom: Parece que fui mais rápido do que tu.

Sara: Oh, isso foi porque me aleijei a andar de skate.

Tom: Mentirosa.

Sara: Não sou nada, agora larga-me.

Olha muito sério para mim.

Tom: Ouve lá, fizeste um piercing no lábio?

Por acaso até tinha feito… sempre quis fazer… Pensei que ele e os outros já tinham reparado e que simplesmente não me tinham dito nada… mas como também não estive mais com eles, assim pertinho, via-os sempre de longe…

Sara: Pensei que já tinhas visto :x

Tom: Nunca mais estive ao pé de ti, ao longe não ia reparar não é?

Sara: Sim fiz, agora, és capaz de me largar?

Tom: Hum.. Só com uma condição…

Sara: Oh, as tuas condições… Não sei não… Mas vá, diz-me lá, que condição é essa?

Tom: Tens de me dar um beijo.

Sara: Nãooo

Tom: Então também não sais daqui :P

Sara: Pronto está bem…

Ele já estava preparado para que eu lhe desse um beijo nos lábios, mas eu dei-lhe um beijo na face.

Tom: Então?!

Sara: Não disseste onde querias o beijo ;)

Tom: Oh (cara de amuado)

Sara: E escusas de fazer essa cara, vá, agora sai de cima de mim, sim rastinhas?

Tom: Não

Ele já estava a abusar…

Sara: Está frio… Estou a ficar toda molhada…

Tom: Não faz mal…

Sara: Tom…

Não sei onde fui arranjar a força mas lá me consegui soltar dele e agora as posições estavam invertidas…

Tom: Não é justo!!

Sara: Ai isso é que é… Vou-te torturar Tom Kaulitz.

Ataque de cócegas, aquele rapaz tinha imensas xD

- Estou a interromper alguma coisa?

Capitulo 20

Tom: Como sabias que vinha aí?

Sara: Estava sentada à janela no sótão… Entra.

Tom: Temos de ter uma conversinha…

Entrou e sentámo-nos no sofá.

Tom: Primeiro, já comeste alguma coisa?

Com tanta coisa em que pensar até me esqueci de comer, não é normal, ninguém se esquece de comer!

Sara: Não :$

Tom: Só podes estar a gozar comigo… Já para a cozinha, na minha frente.

Sara: Sim paizinho -.-‘

Comi qualquer coisa, sempre com o Tom ao meu lado como que a inspeccionar se eu comia mesmo e voltámos para a sala.

Sara: Então, que conversa precisas de ter comigo?

Tom: É sobre o Bill.

Sara: Não quero falar dele.

Tom: Mas vais ter de falar. Então, quando te vens embora é que dizes ao rapaz, naquele estado, que o amas? O rapaz ia tendo um ataque!!

Pode parecer estranho mas sorri, a maneira como o Tom estava a falar era demais mesmo.

Tom: Ainda te ris?!

Sara: Oh Tom, queres que chore? Neste momento já não tenho mais lágrimas, esgotei-as todas nesta noite…

Tom: Não disse para chorares, mas não tem piada, quando entrei a seguir a ti fui encontrá-lo bué triste.

Sara: Porquê?

Tom: Oh, porquê? Porque te disse coisas horríveis, coisas para te fazer sentir culpada, e só depois se apercebeu que te estava a fazer sofrer.

Sara: Ele contou-te?

Tom: Claro que sim miúda, nós contamos tudo um ao outro, e ás vezes nem é preciso contar, sabemos assim, espontaneamente.

Sara: Eu não podia fazer nada…

Tom: Dizeres-lhe que o amas já é um bom começo…

Sara: Um começo do fim…

Tom: Anda cá minha pequerrucha…

O Tom estava-se a passar, agarrou-me com imensa força, acho que ele pensava que me estava a dar um abraço mas estava a apertar-me imenso.

Sara: Rapaz, que te deu?

Tom: Oh, desculpa, foi mais forte que eu :$

Sara: O quê?

Tom: Tinha saudades tuas :$

Sara: ahahah Tom, tu? Saudades minhas?!

Ele estava tão vermelho, eu só me conseguia rir xD

Tom: Não gozes, tinha saudades sim, acho que cá no fundinho sempre gostei de ti, assim como amiga.

Sara: ahahah, Tom Kaulitz viraste sentimental agora?

Tom: Vai gozar com outro.

Sara: Gozar contigo é mais divertido xD Nem te estou a reconhecer…

Tom: As pessoas mudam tá?!

Sara: Pelo menos mudaste para melhor xD

Ficámos assim durante algum tempo, até que ele voltou para o hospital com o Georg, eu não quis ir, não iria conseguir encarar o Bill.

Capitulo 19

O Tom levantou-se.

Tom: Sim, como está o meu irmão?

Dr: A operação já terminou, ele estava num estado muito critico, o golpe era muito fundo e houve o corte de uma veia, tivemos de fazer a reconstituição dessa mesma veia. Agora é esperar que ele acorde… ainda está sob o efeito da anestesia, não sabemos ainda como ele irá ficar… Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance…

Sara: Mas ele vai sobreviver não vai?

Dr: Ele neste momento está estável, tudo aponta para que ele fique bem, mas são operações muito delicadas, só o tempo o dirá…

E foi-se embora. Eu e o Tom estávamos novamente sentados, como antes, desesperados… A D. Simone chegou, contámos-lhe o que o médico tinha dito, ela ficou de rastos mesmo, custou-me ver ali a senhora, custou-me saber que tudo aquilo era culpa minha. Estivemos ali umas 2 horas à espera de novidades até que o mesmo médico voltou para junto de nós, já lá estava o Georg e o Gustav, ainda me disseram para ir a casa, mas eu não quis.

Dr: Ele já acordou.

D. Simone: Podemos ir visitá-lo?

Dr: Sim, ele está fraco, não o obriguem a falar muito, mas as visitas têm de ser um de cada vez.

A D. Simone levantou-se, já ia em direcção ao quarto.

Dr: Hum… D. Simone não é?

D. Simone: Sim?

Dr: Desculpe, mas a primeira coisa que ele disse quando acordou foi Sara, creio que será melhor ela ir em primeiro lugar… És tu a Sara? (olhando para mim)

Sara: Sim… Sou eu…

Dr: Acompanha-me por favor…

Sara: Está bem.

Eu estava a apanhar do ar, não percebia o que se estava ali a passar, aquilo tudo era culpa minha, só minha, e eu é que ia ser a primeira pessoa a vê-lo? OMG

Segui o médico até uma porta, dava para o quarto dele. O médico deu-me alguns conselhos para ele não se esforçar muito. Bati à porta e entrei. Ele estava deitado, parecia frágil, tinha o pulso ligado.

Sara: Posso?

Bill: Entra…

Aproximei-me dele e sem dar por isso comecei a chorar.

Sara: Porque fizeste isto Bill? Porquê?!

Bill: Esperei dois anos para te voltar a ver, e quando finalmente posso estar contigo, vejo-te assim, uma pessoa fria. Prometeste que estarias sempre ali, que irias esperar, não foi isso que vi Sara, ignoraste-me, sinto que me usaste e deitas-te fora como se fosse lixo…

Não aguentei, chorei ainda mais, ouvir aquilo da boca dele ainda me custava mais.

Sara: Desculpa… não posso fazer mais nada do que pedir-te desculpa… nunca pensei que ficasses assim, eu não te esqueci, ao ver-te, o sentimento que eu pensava morto renasceu, tive tanto medo de te perder…

Bill: Eu amo-te Sara! Nunca mas nunca mesmo me esqueci de ti, todos os dias falava de ti, recusei milhares de miúdas por causa de ti, permanecias em cada momento no meu pensamento…

Não o conseguia olhar nos olhos, eu amava-o, queria dizer-lhe isso, mas ele parecia estar-me a culpar de tudo o que fez ou não fez.

Sara: Vou embora, tens pessoas lá fora à espera para te verem. Vemo-nos por aí, desejo-te as melhoras…

Ele não me respondeu, eu virei costas e dirigi-me à porta, já com uma mão pronta a abri-la, voltei-me novamente, não me sentia bem, tive de lho dizer.

Sara: Bill… Só quero que saibas que te amo…

Abri a porta e fui embora, passei pela sala onde estavam os outros, nem lhes falei, fui directa para a saída do hospital, estava a chorar. Mal passei a porta para sair começaram a disparar flashes e perguntas sobre o Bill. “Que é isto?! Como souberam? Eles não sabem que eu os conheço!”

“Sara, como está o Bill?”

“Já o visitou?”

“Ele vai sobreviver?”

“É verdade que é você a rapariga do beco?”

“Há quanto tempo mantém uma relação com Bill Kaulitz?”

“Porque está a chorar? Ele morreu?”

Woww, tantas perguntas, não sei o que se estava a passar, mas eles sabiam quem eu era. Senti alguém a puxar-me de novo para dentro, era o Georg.

Georg: Estás bem?

Sara: Que se passa lá fora?!

Georg: Parece que a comunicação social já soube… Deve ter sido alguém da ambulância…

Sara: Mas como me conhecem?! Como sabem quem eu sou?

Gustav: Isso já deve ser obra de alguém que te conhece e sabe que és nossa amiga… Pode muito bem ter sido uma daquelas raparigas que nunca te gramaram…

Sara: Quero ir para casa…

Georg: Anda, eu levo-te.

O Tom estava a chegar, ele devia ter entrado a seguir a mim.

Tom: Onde vão?

Georg: Vou levar a Sara a casa.

Tom: Eu também vou, preciso de descansar…

Georg: Está bem.

Seguimos o Georg até ao carro dele. Passei a viagem toda calada, a pensar no que o Bill me tinha dito. Finalmente chegámos, eu fui para minha casa e o Tom foi para casa do Georg, eles ainda tinham lá as malas todas. Não estava ninguém em casa, fui tomar um bom banho e deitei-me um bocado. Não conseguia dormir, o Bill não saía da minha cabeça. Fui até ao sótão, peguei na guitarra, liguei-a ao amplificador e comecei a tocar, sentada na janela. Não sei porquê mas não saía nada de jeito… Olhei para a rua, alguém vinha na direcção de minha casa, parecia o Tom. Desci e fui à porta.

Capitulo 18

D. Simone: Não sei! Não me dizem nada!

A senhora chorava imenso.

D. Simone: O que se passou? Digam-me por favor. (olha para mim) Oh, tu deves ser a Sara, anda cá minha querida.

Eu fui, não estava a perceber a reacção da senhora, mas fui na mesma, ela abraçou-me com a mesma intensidade com que abraçou o seu filho. Sentámo-nos todos, eu estava encostada ao Georg e o Tom estava deitado com a cabeça no colo da mãe. Já era meia noite, ninguém nos dizia nada, todos estávamos preocupados. Desconfio que o Georg e o Gustav nos deram calmantes, a mim e ao Tom, porque só me lembro de acordar deitada com a cabeça apoiada nas pernas do Georg.

Sara: Onde estou?

Ainda estava a dormir e via um bocado búzio…

Georg: No hospital…

Sara: Estou doente?

Ok, eu não tinha noção do que estava a fazer ali.

Georg: O Bill… Ele cortou-se lembras-te?

Fez-se luz na minha cabeça. Levantei-me bruscamente, fiquei com tonturas. Quando recuperei vi o Tom a vir na minha direcção, estava muito melhor, notava-se no seu aspecto. Sentou-se ao meu lado.

Tom: Olá…

Agarrei-me a ele e comecei a chorar novamente. Ele abraçou-me e começou a mexer-me no cabelo.

Tom: Não estejas assim…

Sara: Como está ele?

Tom: Está a ser operado, perdeu muito sangue, e parece que uma veiazita ficou danificada, estão a tentar resolver o problema.

Sara: O quê? Isso é grave!!

Tom: Vai correr tudo bem, verás…

Eu tinha a cabeça apoiada no peito dele, ele aconchegava-me.

Georg: Eu tenho de ir… ficam bem?

Tom: Sim, não tarda nada está aí a minha mãe, ela foi só descansar um pouco.

Sara: Georg, avisa os meus pais…

Georg: Está bem. Até logo.

O Gustav também já não estava lá, devia ter ido dormir a casa. Só estávamos nós os dois… Eu e o Tom.

Sara: Porque é que ele fez isto? És capaz de me dizer?!

Tom: Ele ficou transtornado quando viu que te tornas-te numa pessoa diferente… todos os dias em que andámos em tour, todos os dias mesmo, falava em ti com um sorriso enorme, e quando te viu assim, tão mudada, teve a impressão de que não esperaste por ele, e ele nunca desistiu de ti…

Chorei ainda mais…

Sara: A culpa foi minha…

Tom: Não tens de te culpar pelo que ele fez…

Sara: Tenho sim! Com esta mania de mudar tornei-me numa pessoa diferente e ele não aguentou ver-me assim!

Tom: Para de dizer isso!!

Parámos de falar porque um médico vinha na nossa direcção, vinha com uma expressão séria, ficámos assustados.

Dr: São a família do Sr. Kaulitz?