terça-feira, 22 de julho de 2008

Capitulo 17

Ele estava deitado no chão, coberto de sangue, tinha o pulso com um golpe enorme, e ao seu lado estava uma faca. Corri em direcção a ele, ajoelhei-me no sangue dele e virei-o para mim. O Georg estava parado à porta.

Sara: Ainda aí estás?! Chama uma ambulância!!

Georg: Ah, sim.

Aparece o Tom, fraco. Estaria ele a sentir o mesmo que o irmão? Estas coisas de gémeos… :S

Tom: Mano!! Que aconteceu?! Sara!! Diz-me!!

Sara: Não sei Tom! Ele tem um golpe enorme no pulso, perdeu imenso sangue!! Bill? Consegues ouvir-me?

Bill: Sara…

Ele estava fraco, mal se conseguia ouvir o que ele dizia… eu tinha apoiado a sua cabeça nos meus joelhos, afastava-lhe o cabelo da cara. Ele olhou para mim com aqueles olhos… A ambulância tinha chegado.

Sara: Bill, que foste tu fazer?!

Bill: Eu… amo-te…

E a sua cabeça caiu, como se o pescoço já não tivesse força para a manter firme. Chorei tanto mas tanto, o Tom chorava também, continuava fraco…

Sara: Bill? Bill? Nãoooooo!!!

Abracei-o, fiquei coberta de sangue, mas precisava de o abraçar, aquilo não poderia estar a acontecer… Não… Os paramédicos tinham chegado ao quarto, o Georg pegou em mim e levou-me dali para fora, o Gustav arrastou o Tom… O Bill já estava na maca, deitado, como se estivesse a dormir, sem reacção, como se não se apercebesse do que se estava a passar à sua volta. Meteram-no na ambulância e foram para o hospital. O Georg continuava a agarrar-me, tinha medo que eu fizesse alguma loucura. O Tom estava pálido, o G tirou as chaves de minha casa da minha mochila e levaram-nos para lá.

Sara: Não Georg!!! Eu quero ir ao hospital!!

Georg: Não nesse estado Sara! Primeiro vais tomar um banho, e acalmares-te, depois sim, vamos lá… E tu o mesmo Tom.

Ele estava mesmo mal… O Gustav levou-o para casa do Georg e lá tomaram um duche, eu também fui para o duche, sempre com o G à porta do WC. Já estávamos todos limpinhos, eu continuava nervosa e a chorar e o Tom estava na mesma, apesar de não estar tão nervoso quanto eu, as suas forças não pareciam suficientes para o manter em pé. O Gustav obrigou-nos a comer algo, apesar de nenhum ter fome, e lá fomos nós para o hospital. Quando lá chegámos já lá estava a D. Simone, a chorar, sentada num canto das urgências. Ao ver o Tom abraçou-o com imensa força, eu estava apoiada no Georg.

Tom: Como está ele?

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