terça-feira, 22 de julho de 2008

Capitulo 22

Parámos com a brincadeira, se havia voz que eu conhecia era aquela…

Tom: Tão mano? Que estás aqui a fazer?

Bill: Já vi que interrompi mesmo.

O cenário devia deixar muito que pensar, o irmão dele deitado no chão, eu em cima dele…

Sara: Não interrompeste nada, estávamos só num ajuste de contas…

Levantei-me e ajudei o Tom a levantar.

Tom: Isso mesmo Bill, não estávamos a fazer nada de mal…

Bill: Via-se…

Sara: Que estás a insinuar?!

Bill: Nada, então, se não se estava a passar nada não há nada para insinuar… Vou voltar para dentro.

A voz dele estava triste… Fui atrás dele.

Sara: Hum.. Bill… Espera… Estás melhor do braço?

Olha para mim com o olhar mais triste que alguma vez eu tinha visto… Levanta o braço, puxa o casaco para baixo metendo à mostra uma enorme cicatriz.

Bill: Só uma cicatriz… nada de mais…

Eu fiquei sem saber o que dizer e fazer, ele falava para mim de uma maneira tão fria… continuou a andar eu fiquei ali parada sem saber o que fazer. Sinto alguém abraçar-me, era o Tom.

Tom: Ele ama-te mesmo… Não ligues à forma como ele fala para ti, é só o orgulho dele a falar mais alto…

Sara: Mas é difícil sabes rastas? Custa-me vê-lo assim…

Tom: Eu acho é que vocês têm de ter uma boa conversa…

Sara: Sim… já não consigo viver mais assim…

Tom: Vamos para dentro, tens pessoas à tua espera.

Dá-me um beijinho na testa e começou a andar.

Tom: Já tinha saudades tuas…

Corri para o lado dele, não queria entrar sozinha naquele casarão.

Sara: E eu tuas :D

Tom: Ah, o piercing fica-te bem.

Fomos a conversar até à porta, a porcaria do jardim ainda era grande. Quando entrámos vieram logo todos abraçar-me, apenas o Bill continuava no mesmo sítio. Que saudades que eu tinha daqueles rapazes :’D

Georg: Fizeste um piercing?

Gustav: No lábio?!

Sara: Sim, o Tom já disse que ficava bem.

Georg: E esse que não dissesse nada -.-‘

Tom: Só disse a verdade ;)

Gustav: Pois pois, imagino…

O Georg olha muito sério para mim.

Sara: Tira esses olhos verdes de cima de mim xD

Georg: Estás toda molhada rapariga! Ainda te constipas!

Sara: Se me constipar a culpa é do Tom.

Tom: Se te constipares, também me constipo.

O Bill olhava agora para nós, o nosso olhar encontrou-se por momentos, arrepiozinho.

Gustav: O que é que vocês andaram a fazer?!

Sara: O Tom deitou-me na relva, e aquela coisa estava toda molhada -.-‘

Tom: E depois, a Sara fez questão de inverter as posições. Vou trocar de roupa, não quero ficar doente, depois se ficamos os dois ainda pensam que andámos no bem bom.

Sara: Era o teu sonho Tom.

Mexi-lhe nas rastas, ele odiava quando lhe mexíamos no cabelo.

Tom: Já volto sim meu amor?

Sara: Vai chamar amor a outra, credo, quem eu queria que me chamasse amor não chama (indirecta para o Bill, olhei mesmo para ele), mas mesmo assim preferia o Georg ou o Gustav a chamar-me de amor, deve ser um pesadelo aturar-te constantemente, dia e noite xD

Riram-se todos, como nos bons velhos tempos. O Bill não estava a achar grande piada à conversa, e aquela indirecta perturbou-o, bem vi na cara dele, acabou por ir em direcção a um corredor enorme, devia levá-lo até ao quarto. O Tom já estava a ir também pelo mesmo corredor.

Sara: Oh pst pst, rastas, posso ir contigo?

Tom: Oh boa, nem precisas de pedir ;)

Sara: Não é para o que estás a pensar seu estúpido, quero que me arranjes algo para vestir, começo a sentir frio, e as roupas têm de secar.

Tom: Oh, que desilusão, mas vem, à vontade…

Sara: Tu realmente… Não mudas mesmo…

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