Parámos com a brincadeira, se havia voz que eu conhecia era aquela…
Tom: Tão mano? Que estás aqui a fazer?
Bill: Já vi que interrompi mesmo.
O cenário devia deixar muito que pensar, o irmão dele deitado no chão, eu em cima dele…
Sara: Não interrompeste nada, estávamos só num ajuste de contas…
Levantei-me e ajudei o Tom a levantar.
Tom: Isso mesmo Bill, não estávamos a fazer nada de mal…
Bill: Via-se…
Sara: Que estás a insinuar?!
Bill: Nada, então, se não se estava a passar nada não há nada para insinuar… Vou voltar para dentro.
A voz dele estava triste… Fui atrás dele.
Sara: Hum.. Bill… Espera… Estás melhor do braço?
Olha para mim com o olhar mais triste que alguma vez eu tinha visto… Levanta o braço, puxa o casaco para baixo metendo à mostra uma enorme cicatriz.
Bill: Só uma cicatriz… nada de mais…
Eu fiquei sem saber o que dizer e fazer, ele falava para mim de uma maneira tão fria… continuou a andar eu fiquei ali parada sem saber o que fazer. Sinto alguém abraçar-me, era o Tom.
Tom: Ele ama-te mesmo… Não ligues à forma como ele fala para ti, é só o orgulho dele a falar mais alto…
Sara: Mas é difícil sabes rastas? Custa-me vê-lo assim…
Tom: Eu acho é que vocês têm de ter uma boa conversa…
Sara: Sim… já não consigo viver mais assim…
Tom: Vamos para dentro, tens pessoas à tua espera.
Dá-me um beijinho na testa e começou a andar.
Tom: Já tinha saudades tuas…
Corri para o lado dele, não queria entrar sozinha naquele casarão.
Sara: E eu tuas :D
Tom: Ah, o piercing fica-te bem.
Fomos a conversar até à porta, a porcaria do jardim ainda era grande. Quando entrámos vieram logo todos abraçar-me, apenas o Bill continuava no mesmo sítio. Que saudades que eu tinha daqueles rapazes :’D
Georg: Fizeste um piercing?
Gustav: No lábio?!
Sara: Sim, o Tom já disse que ficava bem.
Georg: E esse que não dissesse nada -.-‘
Tom: Só disse a verdade ;)
Gustav: Pois pois, imagino…
O Georg olha muito sério para mim.
Sara: Tira esses olhos verdes de cima de mim xD
Georg: Estás toda molhada rapariga! Ainda te constipas!
Sara: Se me constipar a culpa é do Tom.
Tom: Se te constipares, também me constipo.
O Bill olhava agora para nós, o nosso olhar encontrou-se por momentos, arrepiozinho.
Gustav: O que é que vocês andaram a fazer?!
Sara: O Tom deitou-me na relva, e aquela coisa estava toda molhada -.-‘
Tom: E depois, a Sara fez questão de inverter as posições. Vou trocar de roupa, não quero ficar doente, depois se ficamos os dois ainda pensam que andámos no bem bom.
Sara: Era o teu sonho Tom.
Mexi-lhe nas rastas, ele odiava quando lhe mexíamos no cabelo.
Tom: Já volto sim meu amor?
Sara: Vai chamar amor a outra, credo, quem eu queria que me chamasse amor não chama (indirecta para o Bill, olhei mesmo para ele), mas mesmo assim preferia o Georg ou o Gustav a chamar-me de amor, deve ser um pesadelo aturar-te constantemente, dia e noite xD
Riram-se todos, como nos bons velhos tempos. O Bill não estava a achar grande piada à conversa, e aquela indirecta perturbou-o, bem vi na cara dele, acabou por ir em direcção a um corredor enorme, devia levá-lo até ao quarto. O Tom já estava a ir também pelo mesmo corredor.
Sara: Oh pst pst, rastas, posso ir contigo?
Tom: Oh boa, nem precisas de pedir ;)
Sara: Não é para o que estás a pensar seu estúpido, quero que me arranjes algo para vestir, começo a sentir frio, e as roupas têm de secar.
Tom: Oh, que desilusão, mas vem, à vontade…
Sara: Tu realmente… Não mudas mesmo…
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