terça-feira, 22 de julho de 2008

Capitulo 12

Sara: Que se passa? A ultima vez que vi alguém com a mesma expressão que vocês disseram-me que tinha de vir para cá…

Georg: Vamos começar uma digressão… Já este mês…

Gustav: Temos de ir embora…

Tom: E não sabemos quando voltamos…

Bill: Vamos abandonar-te…

Os meus melhores amigos iam embora, os meus únicos amigos ali… Ia ficar sozinha…

Sara: Compreendo que têm de ir… Desejo-vos a melhor sorte do mundo…

Georg: Aceitaste bem melhor do que pensávamos.

Sara: Eu sei que é óptimo para vocês, é o vosso futuro, têm uma carreira pela frente. Eu cá me arranjo…

E ficámos naquela conversa toda. Os dias foram passando, já tinha regressado à escola sem eles, continuava naquele pedacinho de relva, sozinha, nada tinha mudado. O dia da partida tinha chegado. Estávamos todos à porta de minha casa, eles já estavam preparados para ir embora.

Sara: Parece que é agora…

Georg: É como se fosses connosco…

Gustav: Não nos vamos esquecer de ti…

Tom: Por incrível que pareça… acho que vou ter saudades das nossas discussões.

Bill: Viajarás sempre comigo meu anjo revoltado.

Sorri, mas ao mesmo tempo tinha as lágrimas a escorrem-me pela face.

Sara: Também vou ter muitas saudades vossas… Até de ti Tom.

Georg: Temos de ir…

Sara: Não se esqueçam de dar novidades.

Gustav: Fica prometido.

O Bill estava triste, notava-se nos olhos dele. Seguiram em direcção a uma carrinha, eu estava sentada à frente de minha casa. Começaram a entrar, o Bill ficou para ultimo. Quando ia a entrar, subitamente, desata a correr na minha direcção, levanto-me e vou ao encontro dele.

Sara: Esqueceste-te de alguma coisa?

Bill: Sim.

Puxa-me para ele e beija-me, tal como da primeira vez. Sentia o piercing dele.

Bill: Desta vez não fujas…

Sara: Prometo que estarei sempre aqui.

Sorrimos e desta vez quem o beijou fui eu. Começava a sentir algo mais que amizade por ele, mas ele tinha de ir embora. Voltou para a carrinha e partiram. Comecei a andar em direcção à porta de minha casa.

“Pronto… lá estou eu sozinha outra vez…”

- Sara?

Quem será agora?”

Voltei-me, era um rapaz. Devia ter a minha idade, cabelo louro esbranquiçado (ou era branco alourado?).

Sara: Desculpa mas… eu conheço-te?

Rapaz: Não, mas eu sei muito sobre ti. Sou amigo do Bill e do Tom, o melhor amigo deles, os Kaulitz, conheces certo?

Sara: Eles já foram embora.

Rapaz: Eu sei, e também sei que a banda eram os únicos amigos que tinhas, por isso eles encarregaram-me de vir cuidar de ti.

Sara: A sério? Estás a gozar.

Rapaz: Não estou não. Olha.

Mostra-me uma sms do Bill.

Best, tens de cuidar bem dela, trata-a bem, ela é muito especial, não a abandones, um anjo daqueles não merece estar sozinho num sitio onde todos o olham de lado. Diz-lhe que nunca vou esquecer aqueles momentos no beco (não penses coisas obscenas) e que viajará sempre comigo. É só o que te peço.

Ok, era o número do Bill.

Sara: Está bem… Como te chamas mesmo?

Rapaz: Andreas.

Como já era de esperar os dias seguintes começaram a ser passados com o rapazito, ele era muito simpático. Os Tokio Hotel começavam a aparecer em tudo o que era revista, mas eu não queria ver, recusava-me, era sempre o Andreas que me lia as entrevistas, eu não queria ver fotos deles, sentia imenso a falta deles. Dias… Semanas… Meses… e eu continuava ali, com o Andreas. Nada tinha mudado, apenas as pessoas que me rodeavam tinham desaparecido, pelo menos nunca mais tinha falado com nenhum deles.

Andreas: Sara, olha aqui, vais gostar desta.

Ele estava a ler-me uma entrevista, já tinha 17 anos, já tinha passado um ano desde que me mudei para lá e um ano que os tinha conhecido, porque já estava de volta às aulas.

Sara: Lê.

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