D. Simone: Não sei! Não me dizem nada!
A senhora chorava imenso.
D. Simone: O que se passou? Digam-me por favor. (olha para mim) Oh, tu deves ser a Sara, anda cá minha querida.
Eu fui, não estava a perceber a reacção da senhora, mas fui na mesma, ela abraçou-me com a mesma intensidade com que abraçou o seu filho. Sentámo-nos todos, eu estava encostada ao Georg e o Tom estava deitado com a cabeça no colo da mãe. Já era meia noite, ninguém nos dizia nada, todos estávamos preocupados. Desconfio que o Georg e o Gustav nos deram calmantes, a mim e ao Tom, porque só me lembro de acordar deitada com a cabeça apoiada nas pernas do Georg.
Sara: Onde estou?
Ainda estava a dormir e via um bocado búzio…
Georg: No hospital…
Sara: Estou doente?
Ok, eu não tinha noção do que estava a fazer ali.
Georg: O Bill… Ele cortou-se lembras-te?
Fez-se luz na minha cabeça. Levantei-me bruscamente, fiquei com tonturas. Quando recuperei vi o Tom a vir na minha direcção, estava muito melhor, notava-se no seu aspecto. Sentou-se ao meu lado.
Tom: Olá…
Agarrei-me a ele e comecei a chorar novamente. Ele abraçou-me e começou a mexer-me no cabelo.
Tom: Não estejas assim…
Sara: Como está ele?
Tom: Está a ser operado, perdeu muito sangue, e parece que uma veiazita ficou danificada, estão a tentar resolver o problema.
Sara: O quê? Isso é grave!!
Tom: Vai correr tudo bem, verás…
Eu tinha a cabeça apoiada no peito dele, ele aconchegava-me.
Georg: Eu tenho de ir… ficam bem?
Tom: Sim, não tarda nada está aí a minha mãe, ela foi só descansar um pouco.
Sara: Georg, avisa os meus pais…
Georg: Está bem. Até logo.
O Gustav também já não estava lá, devia ter ido dormir a casa. Só estávamos nós os dois… Eu e o Tom.
Sara: Porque é que ele fez isto? És capaz de me dizer?!
Tom: Ele ficou transtornado quando viu que te tornas-te numa pessoa diferente… todos os dias em que andámos em tour, todos os dias mesmo, falava em ti com um sorriso enorme, e quando te viu assim, tão mudada, teve a impressão de que não esperaste por ele, e ele nunca desistiu de ti…
Chorei ainda mais…
Sara: A culpa foi minha…
Tom: Não tens de te culpar pelo que ele fez…
Sara: Tenho sim! Com esta mania de mudar tornei-me numa pessoa diferente e ele não aguentou ver-me assim!
Tom: Para de dizer isso!!
Parámos de falar porque um médico vinha na nossa direcção, vinha com uma expressão séria, ficámos assustados.
Dr: São a família do Sr. Kaulitz?
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