sexta-feira, 18 de julho de 2008

Capitulo 2

Era um rapaz bonitinho, tinha uns olhos verdes lindíssimos. Eu conhecia aquela cara, só não me lembrava de onde… Até que… “É o Georg”, sim, era o Georg dos Tokio Hotel, uma banda que já tinha ouvido falar, apesar de só gostar de uma ou duas musicas, mas tinham começado há pouco tempo. Tirei os phones.

Georg: Odeias mesmo?
Sara: Falei assim tão alto? :$
Georg: Parece que sim, partindo do princípio que todos ficaram a olhar para ti…
Sara: Ups… Não reparei…
Georg: Pareces revoltada com alguma coisa… Nunca te vi por aqui…
Sara: Vim hoje para cá, infelizmente.

Contei-lhe toda a minha história.

Georg: Agora percebo toda a tua raiva, mas isso não te vai fazer sentir melhor, e só te vai prejudicar. Quer queiras, quer não, vais ter de viver aqui. É melhor começares a habituar-te.
Sara: A única pessoa que conheço aqui és tu. Sei que te chamas Georg, pertences a uma banda não é?
Georg: Sim, os Tokio Hotel. Ainda não me disseste o teu nome.
Sara: Chamo-me Sara.
Georg: Olha, hoje vou sair com uns amigos, não queres vir connosco?
Sara: Não posso, fica para a próxima. Vou para casa, se entretanto encontrar o caminho para lá.

Estava perdida. Como o Georg era um querido lá me ajudou a encontrar o caminho para casa.

Georg: Vives aqui?
Sara: Parece que sim.
Georg: Então és tu…
Sara: Sou eu o quê?
Georg: A filha dos amigos dos meus pais…

Não sabia de nada mesmo, apanhou-me desprevenida. Despedi-me dele e, ao entrar em casa, corri para o meu quarto, sentei-me na cama e comecei a contar as novidades aos meus amigos de Portugal. O meu quarto sempre foi o sítio onde me sentia melhor. Aquela casa era estranha, diferente do que estava habituada. Logo à entrada estava uma sala, não muito grande, mas também não era pequena. Da sala passava-se para a cozinha, era normal, com as coisas essenciais. Os quartos eram no andar de cima, e também o WC. A casa ainda tinha mais um andar, parecia um sótão, estava tão desarrumado, mas eu tencionava torna-lo num sitio agradável e sentar-me à janela a tocar. Havia ainda um jardim, mas eu não lhe dava muita importância. O meu quarto transmitia o meu estado de espírito: paredes brancas e pretas, mobília escura também, posters e fotos com os meus amigos nas paredes.

Os dias foram passando e eu passava-os praticamente com o Georg, ele continuava a ser o meu único amigo ali. Ele prometia-me que iria fazer com que me ambientasse na escola e que iria conhecer os seus amigos, os restantes membros da banda. Eles não estavam em Leipzig, tinham ido com os pais de férias, apenas ele tinha ficado.

Entretanto eu começava-me a habituar àquilo, ainda falava todos os dias com os meus amigos de Portugal, já começava a ter conversas construtivas com os meus pais. Por falar em pais, eles já tinham arranjado emprego, mas também não quis saber onde, só sei que o tempo que passavam em casa era pouco.

Setembro – As aulas iam começar, e o frio também começava a aparecer. A Alemanha era muito mais fria que Portugal, e eu precisava de roupas. Combinei com o Georg, para ele me mostrar lojas onde pudesse comprar roupas fixes mas não muito caras. Ele levou-me a uma loja que era exactamente a minha cara. Vestia muito preto, e aquela loja era exactamente isso que tinha: preto. Comprei uns trapos, mas ele dizia que me ficavam bem. Era o último dia antes da escola, e eu nem sabia o que era preciso, mas o Georg ajudou-me. Fomos até ao meu quarto, ele nunca lá tinha ido, normalmente estávamos sempre em casa dele. Entrou.

Sara: Bem-vindo ao meu território.

Olhava para a obscuridade daquele quarto.

Georg: Sei de uma pessoa que vai gostar de te conhecer.
Sara: Quem?
Georg: Depois vês.

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