Sara: Posso jogar?
Quem estava a jogar eram os gémeos. O Tom estava a ganhar ao Bill.
Tom: Ahah, estou-te a ganhar miúdo.
Bill: Este miúdo ainda te vai fazer perder.
“Então… Mas eles não me ouviram? Hello eu fiz uma pergunta sim?”
Sara: Posso jogar?!
Tom: Ups, fim do jogo, ganhei xD
Bill: Para a próxima perdes.
Sara: POSSO JOGAR?!?!
Berrei, eles não me estavam a ouvir mesmo, tinha de berrar.
Tom: Não é preciso berrares! Queres-me rebentar com os tímpanos?!
Sara: Teve de ser oh miúdo, não me respondiam!
Tom: Miúdo?! O quê? A quem pensas que estás a chamar miúdo?! Sou mais velho do que tu oh pirralha.
Georg: Desculpem lá interromper, mas Tom… Ela tem a tua idade e faz anos em Julho…
Sara: Tu só fazes em Setembro.
Calei-o por completo. Mas quem pensava ele que era para me tratar assim?
Sara: Eu quero jogar.
Tom: Isto não é coisa de meninas.
Sara: Desafio-te.
Tom: Tens noção que vais perder certo?
Sara: Veremos
Começámos o jogo… No inicio até comecei a perder mas depois…
Tom: Estás a levar uma abada.
Sara: Tens a certeza? Hum.. Estou a ficar cheia de calor…
Continuava a jogar, mas ao mesmo tempo tirava o casaco. Apesar de estar frio na rua, as casas eram bastante quentes, portanto tinha um top vestido, assim com um decote para o grande. Como estava sentada no chão e ele no sofá…
Sara: Muito melhor assim…
Ele estava a olhar para mim com os olhos imensamente abertos.
Sara: Aconselho-te a olhar para outro lado, estás a perder. xD
Tom: Fuck!
Sara: Olha olha olha! Fim do jogo. Afinal sempre ganhei.
Ele estava furioso.
Tom: Fizeste batota!!
Os outros riam.
Sara: Não fiz não, podes perguntar a qualquer um.
Tom: Fizeste sim! Tiraste o casaco porque sabias que me ia distrair!
Sara: Ninguém te disse para olhar xD
Aquilo estava-me a dar um gozo enorme. Era tão brutal vê-lo irritado, ele estava sempre com a mania que tinha tudo e que ganhava sempre.
Bill: Parem com isso!
Eu calei-me e olhei para ele. Estava em pé, com cara de zangado.
Bill: Tom, ela não fez batota, tu é que és um mulherengo do pior. Sara, (estende-me o meu casaco) veste-te, agora.
Sara: Han?! Visto se quiser Bill! Não és meu pai para me dares ordens.
Bill: Veste, bitte.
Sara: Porquê?
Bill: Achas decente a camisola que tens?!
Sara: Desculpa lá mas tu não és meu namorado para estares com ciúmes, eu nem sequer o tenho!
Bill: Eu não estou com ciúmes!
Sara: Mas parece! Vou embora!
Levantei-me, peguei no casaco e saí.
Georg: Que te deu Bill?
Bill: Viste como ela estava? Com aquele decote? Que pouca vergonha, parecia uma pega!
Gustav: A camisola era normalíssima, e ela não é pega nenhuma.
Bill: Eu não disse que era.
Tom: Estás com ciúmes mano?
Bill: Não! Já disse que não!
Deu meia volta e saiu, também. Eu ia com uma raiva enorme.
Sara: Mas quem é que ele pensa que é para me mandar vestir o casaco? O rapaz passou-se!
Falava sozinha, sem me aperceber disso. Alguém me agarrou no braço. Fiquei com medo. “Quem será? Será que me vai fazer mal?” Voltei-me.
Era o Bill. Estava muito mais aliviada, apesar de o estar a odiar naquele momento.
Sara: Que foi agora?!
Bill: Desculpa.
Sara: Pensasses antes de fazer o que fizeste.
Bill: Foi sem intenção.
Sara: Foi o teu subconsciente a falar.
Soltei-me dele e continuei a andar.
Bill: Espera!
Agarrou-me outra vez.
Sara: Que queres?!
As pessoas começavam a olhar para nós. Ele puxou-me para um beco ali ao lado. Encostou-me à parede e meteu-se à minha frente, com as mãos ao lado da minha cabeça.
Bill: Primeiro, vais fazer menos escândalo, isto é, se não quiseres aparecer amanha em tudo o que é revista. Depois, vais ouvir o que eu tenho para dizer.
Sara: Rápido, e estás a sufocar-me.
Bill: Não te vou deixar ir, agora ficas aqui a ouvir o que tenho para te dizer. Eu só reagi assim porque já estava a ver o Tom a babar-se e tu a tornares-te mais uma das conquistas dele!
Sara: E que tens tu a ver com isso?
Bill: Tu és especial Sara! Ainda não reparaste nisso?!
Sara: Han?
Bill: És especial para mim…
Sara: Também sou especial para o Georg e ele não fez o mesmo que tu!!
Bill: És especial para mim de uma maneira diferente…
Sara: Bill, andaste a beber?
Bill: Não Sara! Estou a ser sincero contigo.
Sara: Dispenso a tua sinceridade.
Consegui passar por baixo dos braços dele, comecei a correr mas ele veio atrás de mim. Ainda estávamos no beco, ele tinha-me levado mesmo para o fundo daquilo. Agarrou-me novamente no braço mas desta vez voltou-me e encostou-me a ele. Inesperadamente beija-me. Comecei a bater-lhe por me estar a beijar mas ele não parava até que… retribui o beijo. Não sabia o que se estava a passar. Afastei-o de mim e fugi, não sabia o que fazer. Ele ficou ali, sem reacção. Corria imenso pelas ruas, até que fui contra alguém.
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